quinta-feira, 10 de maio de 2012

A SEGUNDA GUERRA - REGISTRO

I - Definição :



Foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. 

II - Eventos pré-guerra.

A) Introdução



Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.

B) A Politica do Apaziguamento:


Apaziguamento - é uma manobra estratégica, causada por pragmatismo, temor da guerra ou convicção moral, pela qual um Estado-nação aceita condições impostas por outro ou outros, em vez de resistir pela força das armas. Desde a Segunda Guerra Mundial, o termo adquiriu uma conotação negativa, de fraqueza, covardia e auto-ilusão, devido ao fracasso da política de apaziguamento de Neville Chamberlain para com Adolf Hitler.
Desmembramento da Tchecoslováquia entre Setembro de 1938 e Março de 1939.

Impressionados com o elevado custo em vidas humanas da Primeira Guerra Mundial, grupos políticos europeus convenceram-se de que a paz com a Alemanha deveria ser mantida a qualquer custo, mesmo que tivessem que ignorar as constantes violações de Hitler a diversos tratados internacionais.
O auge desta política deu-se na Conferência de Munique, de 1938, na qual o Primeiro-Ministro britânico Neville Chamberlain aceitou as garantias oferecidas por Hitler para manter o equilíbrio europeu, sacrificando a Tchecoslováquia à Alemanha.

Neville Chamberlain, em sua chegada ao aeroporto de Heston (Londres) em 30 de Setembro de 1938, após seu encontro com Hitler em Munique. Em sua mão ele tem o acordo de paz feito entre Inglaterra e Alemanha.

C) A Politica expansionista 

C.1 - Espaço Vital



Segundo as tendências alemãs, o espaço vital seria o espaço necessário para a expansão territorial de um povo. Não apenas a restauração das fronteiras de 1914, mas também a conquista da Europa Oriental. Espaço onde as necessidades, relativas à dominação territorial dos recursos minerais desse povo, seriam realizadas. Hitler considerava que a "raça ariana" (que segundo ele, era superior) deveria permanecer unida, e para unir a raça, a Alemanha deveria possuir um território maior. Esse território (Alemanha e os países que possuíam população germânica), ficou conhecido como "espaço vital". Além da própria Alemanha, isso incluiria a Áustria, a Checoslováquia, a Prússia (oeste da Polónia) e a Ucrânia.

C.2 - Anchluss





Anschluss é uma palavra do idioma alemão que significa conexão ouanexação. É utilizada em História para referir-se à anexação político-militar da Áustria por parte da Alemanha em 1938. Este termo é o oposto à palavra Ausschluß, que caracteriza a exclusão de Áustria no Reino da Prússia.








C.3 - O corredor polonês : 

Corredor Polonês ou Corredor Polaco é a denominação dada a uma estreita faixa de terra na qual se encontra a maior parte do curso inferior do rio Vístula, na Polônia.
Sua extensão é de 150 km, e a largura variável entre 30 a 80 km, aproximadamente, tendo sua posse sido transferida do Império Alemão para a recém-recriada Polônia no ano de1919, em virtude da imposição do Tratado de Versalhes. Pelos termos do tratado, a cidade alemã de Dantzig (hoje Gdańsk) teria um governo autônomo, apesar de sua localização geográfica no meio do Corredor Polonês.
De 1919 até 1939, a disputa por essa região provocou inúmeros e continuados atritos entre os dois países, mas durante esse período a Segunda República Polaca construiu várias linhas ferroviárias no referido "corredor".
Porém, em março de 1939 a Alemanha Nazi pediu a devolução de parte desse território, e diante da recusa polonesa, criou-se uma divergência que contribuiu de forma decisiva para a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Invadida e ocupada pelos alemães em 1 de setembro de 1939, a região foi devolvida à Polônia em 1945, ao final do conflito armado.
Hitler chegou a afirmar que o corredor polonês era "a maior monstruosidade do Tratado de Versalhes".
c.3 - Sudetos:




Designa-se pela expressão sudetos alemães ou simplesmente sudetos as populações germanófonas que habitavam a Boêmia e a Morávia (respectivamente, Čechy e Morava, em checo), perfazendo algo em torno de 3,2 milhões de indivíduos, os quais representavam, no início do século XX, aproximadamente 36 % da população total da Boêmia. Já antes da formação da Checoslováquia, os sudetos invocavam o direito à auto-determinação, pleiteando a sua reunião aos demais povos germânicos da Áustria e da Alemanha sob um só Estado. Essa aspiração levou à formação do "Partido Alemão dos Sudetos", em 1933.
Esse partido, que contava com o apoio de Hitler, tinha inicialmente um programa autonomista. Com o passar do tempo, porém, passou a defender a anexação ao Reich, no que contou com o apoio dos nazistas. De outro lado, os partidários da anexação atuaram como quinta coluna alemã, quando da invasão das tropas de Hitler. Porém, é importante ressaltar que nem todos os sudetos apoiavam o governo nazista, havendo inclusive social-democratas que foram obrigados a emigrar para Londres.
Apesar das concessões feitas pelo governo de Praga, Hitler deu um ultimato à Checoslováquia no dia 26 de setembro de 1938, tendo imposto suas pretensões na conferência européia, que resultou no Acordo de Munique, em 29 e 30 de setembro. O plebiscito previsto no acordo foi atropelado pela ocupação alemã, que ocorreu já no dia seguinte, 1º de outubro, retirando uma área de cerca de 30 mil quilômetros quadrados da Checoslováquia, sem que o Reino Unido e a França reagissem de modo efetivo.


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