sexta-feira, 12 de abril de 2013

A GRÉCIA ANTIGA

PERIODIZAÇÃO DA GRÉCIA ANTIGA



PeríodoDuraçãoObservações
Pré-Homérico2 000-1 100 a.C.Penetração de povos indo-europeus na Grécia: aqueus(2000-1 200 a.C.), eólios(1 700 a.C.) e Jônios (1 700 a.C.);civilização minoica continua a prosperar (3000 - 1 400 a.C.) mito do minotauro e a talassocracia cretense e a civilização micênica é formada (1600-1 200 a.C.); dóricos invadem a Hélade no final do período (1 200 a.C.)
Homérico ou Idade das Trevas1 100-800 a.C.Ruralização, ausência de escrita e formação dos genos; período da criação das obras de HomeroIlíadaOdisseia.
Arcaico800-500 a.C.Formação da pólis, a colonização grega, o aparecimento do alfabeto fonético além de progresso econômico com a expansão da divisão do trabalho, do comércio e da indústria.
Clássico ou Século de Péricles500-338 a.C.Bipolarização da Grécia entre Esparta (com a Liga do Peloponeso) e Atenas (com a Liga de Delos). Ocorrência das Guerras Médicas e da Guerra do Peloponeso, bem como da hegemonia de Tebas no fim do período.
Helenístico338-146 a.C.Crise da pólis, conquista do Império Aquemênida e expansão cultural helenística.

Período Homérico
Com a desestruturação da civilização creto-micênica, a Grécia estabeleceu uma série de transformações que fundaram um novo cenário social, econômico e político. Nessa época, temos a formação do genos, propriedades em que uma grande família se matinha unida em torno da exploração econômica de uma mesma parcela de terras. Não havendo um proprietário, a riqueza produzida pelos membros de um genos era dividida entre seus integrantes.

A economia dos genos era essencialmente agropastoril. Uma família próspera dependia necessariamente da qualidade das terras que estavam sob o seu domínio. Geralmente, as tarefas diárias eram desempenhadas por todos e ninguém possuía importância menor por exercer essa ou aquela função. Quando um genos produzia excedente, essa riqueza era empregada na aquisição de escravos e na contratação de artesãos. Em alguns casos, a pirataria e o saque eram outras fontes de riqueza material.

No campo político, os genos eram comandados por um líder comunitário chamado pater, que exercia funções de caráter judicial, administrativo e religioso. Mesmo com a divisão igualitária dos bens, o grau de parentesco com o chefe do genos era capaz de definir algumas distinções sociais. Com a vindoura desestruturação da comunidade gentílica, a proximidade com o pater seria elemento determinante para um novo rearranjo social das populações gregas.

Ao longo do tempo, os genos teriam sérias dificuldades para sustentar toda a população que estava sob o seu domínio. As técnicas agrícolas pouco desenvolvidas não conseguiam acompanhar a velocidade com que as comunidades gregas se ampliavam. Durante algum tempo, o uso de terras menos férteis, a ampliação da mão de obra e a especialização do trabalho foram algumas alternativas que buscaram contornar essa situação.

Contudo, além dos problemas de produtividade, os genos se transformaram em palco de novas tensões sociais. Os parentes mais distantes do pater reivindicaram melhores condições de vida ao estarem insatisfeitos com a diminuição da renda familiar. Progressivamente, os bens que eram utilizados de maneira coletiva foram divididos entre os membros do genos. Aqueles que eram mais próximos do pater acabaram sendo privilegiados com as melhores terras.

A desintegração das comunidades gentílicas agravou esse processo de diferenciação entre as classes sociais. Por um lado, temos uma parcela de privilegiados que mantinha o controle das melhores propriedades, monopolizavam as armas e conduziam as festividades religiosas. Por outro, pequenos proprietários, artesãos e trabalhadores livres se subordinavam ao poder dos grupos sociais mais abastados. As sociedades gentílicas passaram a ser controladas por aqueles que controlavam os instrumentos de poder.

Com o passar do tempo, as elites dos genos com afinidades culturais mais visíveis se uniram em grupos maiores que poderiam assegurar o controle de suas propriedades. Surgiam assim as chamadas fratrias. A reunião destas fratrias eram, por sua vez, responsáveis pelo desenvolvimento das tribos que, quando se reuniam, davam origem ao demos. Por meio da ampliação dessas organizações temos a formação das primeiras cidades-Estado da Grécia Antiga e o fim das comunidades gentílicas.













período helenístico


Designa-se por período helenístico (do gregohellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia e de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 146 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.

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