segunda-feira, 11 de junho de 2012

ATIVIDADES BÁSICAS DE REVISÃO

6- Aponte os motivos para a Expansão Marítima.

A conjuntura econômica europeia do início do século XV era de superação gradativa da grande crise do século XIV, que reduziu drasticamente a capacidade produtiva e o poder de consumo e de abastecimento. O desequilíbrio entre a oferta e a procura exigia cada vez mais produtos orientais e fontes de metais preciosos. As novas necessidades e a crise comercial das cidades italianas, causada pela tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos, fizeram com que as recém-centralizadas Monarquias Nacionais, em particular as ibéricas, começassem a financiar expedições, buscando abastecer o continente e garantir o entesouramento. Em meados do século XV, a teoria de que a Terra seria redonda já se havia imposto entre as pessoas cultas da Europa. Em 1474, o rei de Portugal, Dom Afonso V, pediu a opinião do cartógrafo Toscanelli. Este, baseando-se nos relatos de Marco Polo sobre a vasta extensão da Ásia e a localização da ilha de Cipango, enviou ao rei uma carta náutica do oceano Atlântico, que não incluía o continente americano. Colombo soube dessa carta e escreveu a Toscanelli, pedindo-lhe mais detalhes. A resposta foi uma carta animadora e um novo mapa, que Colombo levou em sua viagem. Em 1484, Colombo propôs ao rei Dom João II chegar às Índias navegando rumo a oeste. Uma comissão real opôs-se a essa possibilidade.

7- Aponte e explique os motivos para o pioneirismo português.

Dinastia de Avis
O pioneirismo português nas grandes navegações marítimas - que culminaram nas descobertas de novas terras, na expansão do comércio e na propagação da fé cristã - se iniciou em 1385, data da subida ao trono de dom João 1º, conhecido como Mestre de Avis. O reinado de dom João inaugurou em Portugal a dinastia de Avis. Ele obteve o apoio da nobreza e dos comerciantes do reino, setores sociais que naquele período eram mais influentes política e economicamente.

Com isso, dom João 1º pôde promover uma acentuada e progressiva centralização do poder monárquico, o que fez Portugal surgir como um Estado independente e bem armado militarmente. O país alcançou a estabilidade política e a paz interna, fatores que propiciaram o florescimento e crescimento do comércio estimulando, desse modo, as riquezas do reino. Essas condições foram fundamentais para colocar em prática a política de expansão marítima destinando recursos para as grandes navegações.


Posição geográfica de Portugal: de cara para o Atlântico
Em sua origem, a expansão marítima portuguesa esteve associada aos interesses mercantis da burguesia do reino, ávida na busca de lucros por meio do comércio marítimo com outras regiões, sobretudo com o Oriente.

Essa era uma forma de superar as limitações do mercado 
europeu, que estava em crise pela carência de mão-de-obra, pela falta de produtos agrícolas e a escassez de metais preciosos para cunhagem de moeda. Interessava a essa burguesia apoiar o poder real no empreendimento da expansão marítima, por meio das navegações oceânicas e dela extrair seus benefícios.

Portugal também gozava de uma localização geográfica privilegiada na península ibérica. Grande parte do seu território está voltada para o oceano Atlântico. Essa posição geográfica, juntamente com as condições sociais e políticas favoráveis, permitiram ao país se projetar como potência marítima. Coube ao infante D. Henrique - filho de D. João 1o - as iniciativas para fazer Portugal inaugurar as grandes navegações oceânicas.


Escola de Sagres
D. Henrique era um amante das ciências e, sob sua iniciativa, foi fundada a Escola de Sagres, que reuniu diversos especialistas como cartógrafos, astrônomos e marinheiros que possuíam conhecimento do que de mais avançado se sabia na época sobre a arte de navegar.

Foi na Escola de Sagres que foram realizados, em 1418, os primeiros estudos e projetos de viagens oceânicas. Foi nela que foram aprimoradas embarcações como a caravela e aperfeiçoados os instrumentos náuticos necessários a longas viagens, como a bússola e o astrolábio, que haviam sido inventados no Oriente.

Portugal passou a obter sucessivos êxitos no empreendimento ultramarino. O marco inicial foi a conquista de Ceuta, em 1415, localizada na costa do Marrocos. Em seguida, empreendeu esforços para chegar às 
Índias pelo mar, contornando a África.

Primeiro os portugueses conquistaram as ilhas atlânticas dos arquipélagos dos Açores, Madeira e 
Cabo Verde (1425-1427) para em seguida explorar a costa africana.

Em 1488, a esquadra comandada por Bartolomeu Dias conseguiu transpor o Cabo da Boa Esperança, localizado no extremo sul da África. Dez anos depois, a esquadra comandada por Vasco da Gama conseguiu ir adiante e navegar pelo oceano Índico, aportando em Calicute, extremo sul da Índia, em 20 de maio. Ambos os navegadores estavam a serviço de Portugal.


8- Caracterize os tratados entre Portugal e Espanha.

O Tratado de Alcáçovas garantiu a Portugal a salvaguarda dos seus direitos sobre a navegação e comércio das costas africanas, permitindo assegurar a cantinuidade dos Descobrimentos e afastar de vez a interferência castelhana na região. Ficou estipulado que todo o espaço a sul do paralelo das Canárias e do Cabo Bojador, assim como todas as terras descobertas e a descobrir, incluindo os arquipélagos atlânticos, ficariam sob jurisdição portuguesa, obtendo ainda o direito á conquista do reino marroquino de Fez. Em troca, o rei de Portugal foi obrigado a desistir de todas as pretensões sobre o trono de Castela, assim como a sua sobrinha D. Joana. Do mesmo modo, foi obrigado a reconhecer a soberania castelhana sobre as Canárias, que desde há muito eram um foco de tensão entre os dois estados, e reconhecer a Castela o direito de conquista de Granada. Estamos, assim, perante o primeiro Tratado de partilha do Mundo, que garantia a Portugal, sob a direcção do príncipe D. João, o caminho livre para prosseguir o descobrimento da costa africana a caminho da Índia e do Oriente. Foi sob os seus auspícios que se avançou rapidamente para Sul e se contornou o Cabo da Boa Esperança, até que a viagem de Cristóvão Colombo, em 1492, ao serviço dos reis espanhóis, veio a provocar novo conflito diplomático e a assinatura de um novo Tratado, em Tordesilhas


No auge das grandes navegações, os portugueses concluíram, com razão, que a partilha estipulada pela bula intercoetera papal não os beneficiavam, pois apenas algumas ilhas ficariam sob seu domínio. Por esse motivo Portugal exigiu um novo acordo, que foi concretizado pelo tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494. Com ele, ampliava-se a distância de 100 para 370 léguas a partir das ilhas de Cabo Verde.

O Tratado de Tordesilhas assegurou a Portugal o domínio das terras descobertas a oeste do Atlântico. D. Manuel organizou uma das maiores expedições que o reino já havia preparado, composta por uma esquadra formada por dez naus e duas caravelas e cerca de 1.500 homens, sob o comando de 
Pedro Álvares Cabral, nobre de tradicional família portuguesa.

A versão mais difundida afirma que o objetivo da esquadra de Cabral era assegurar o domínio português nas regiões asiáticas estabelecendo uma feitoria em Calicute. A esquadra partiu de Lisboa em 8 de março de 1500, e Cabral percorreu uma rota a oeste afastando-se da costa africana. 

9- Defina Renascimento e explique suas principais características.

- Valorização da estética artística da antiguidade clássica (greco-romana). Os artistas renascentistas defendiam a ideia de que a arte na Grécia e Roma antigas tinha um valor estético e cultural muito maior do que na Idade Média. Por isso, que uma escultura renascentista, por exemplo, possui uma grande semelhança como as esculturas da Grécia Antiga.
- Visão de que o homem é o principal e decisivo elemento na condução da história da humanidade. Essa visão é conhecida como antropocentrismo ("homem no centro") e fez oposição a visão teocêntrica ("Deus no centro") da Idade Média.
- Grande importância dada às ciências e a razão. Os renascentistas defendiam a ideia de que há explicação científica para a maioria das coisas. Portanto, desprezavam as explicações elaboradas pela Igreja Católica ou por outras fontes que não fossem científicas. Este período da história foi muito significativo no tocante ao desenvolvimento das experiências científicas e do pensamento racional e lógico.
- Busca do conhecimento em várias áreas. Os renascentistas buscavam entender o mundo através do estudo de várias ciências (Biologia, Matemática, Física, Astronomia, Botânica, Anatomia, Química, etc.). Um ótimo exemplo desta visão de mundo foi Leonardo da Vinci que, além de ser pintor, também desenvolveu trabalhos e estudos em várias áreas do conhecimento.

Racionalismo – a razão é o único caminho para se chegar ao conhecimento. 

Experimentalismo – todo o conhecimento deverá ser demonstrado racionalmente. 

 Antropocentrismo – colocava o homem como a suprema criação de Deus e como o centro do universo. 

 Humanismo – glorificação do homem e da natureza humana, em contraposição ao divino e ao sobrenatural. 

Otimismo se caracteriza por ser uma forma de pensamento. É sinônimo de pensamento positivo. No Renascimento ele significa poder fazer tudo sem nenhuma restrição e abertura ao novo.

Individualismo é um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e liberdade do indivíduo, especialmente diante à sociedade e ao Estado. No Renascimento, colocava-se como antítese do coletivismo da sociedade feudal medieval. Expressava-se nas obras nos destaques em personagens individuais.

Hedonismo (do grego “hēdonē” que significa prazer) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer individual e imediato o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, na época pós-socrática, e um dos maiores defensores da doutrina foi Aristipo de Cirene.

Racionalismo é uma corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. O Renascimento defendia a razão como fonte de todo o conhecimento humano. Rompia-se com a supremacia da teologia medieval e com a sujeição do homem à fé.

Naturalismo está centrado na observação e representação fiel da realidade e na experiência.

Neoplatonismo foi uma corrente de pensamento iniciada no século III que se baseava nos ensinamentos de Platão e dos platônicos. O neoplatonismo foi revivido na renascença italiana por figuras como Marsílio Ficino, os Medici e Sandro Botticelli.

10- Explique a teoria Heliocêntrica, cite seu idealizador. Explique a teoria que se opunha a ela seu idealizador. Cite os outros personagens que participaram dos debates.

 retratada aqui no blog em outras postagens.

11- Caraterize a arte Renascentista e compare - a com a medieval.
12- Defina mercantilismo e explique suas características.
13- Cite e explique as formas mercantilistas nos seguintes países:
a) Alemanha;
b) França;
c) Inglaterra;
d) Espanha e Portugal.

 postadas no blog - procurar em mercantilismo e Renascimento.

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